The Pathless cover

Review The Pathless – Uma boa surpresa no fim de 2020

Review dos Leitores0 Votes
0
O Melhor
Bastante imersivo
História interessante
Boa banda sonora
O Pior
História um pouco curta
Ocasionais problemas de câmara
80
pathless box

The Pathless

PS5, PS4, Windows PC

Kinguin Logo

The Pathless é um jogo de aventura desenvolvido pelo estúdio Giant Squid, também responsável pela criação de Abzû. O jogo possui umas ideias muito interessantes no que toca a exploração do mundo aberto e apesar de ser uma experiência relativamente curta, a sua qualidade é inquestionável.

Um mundo amaldiçoado

Em The Pathless, jogamos com a Hunter, uma caçadora que faz uso do seu arco para interagir com talismãs que se encontram espalhados no mundo.

pathless 2

O mundo encontra-se amaldiçoado após o Godslayer, o vilão da história, ter corrompido os espíritos protetores das várias regiões que constituem o mundo de jogo.

Quando o Godslayer ataca um dos espíritos, encontramos uma águia bebé que se torna a nossa companheira de viagem e uma aliada importante para restabelecer o mundo.

O mundo de jogo é bastante interessante e variado, com excelente verticalidade, especialmente na última zona. Usando o arco, podemos carregar uma seta e ao acertar nos talismãs, enchemos parte da barra de stamina e recebemos um aumento temporário de velocidade.

Eventualmente vão aparecer novos tipos de talismãs, uns que conferem maior velocidade e mais stamina e outros que permitem dar um impulso vertical e escalar montanhas rapidamente.

O loop de jogabilidade é bastante simples. Ao chegar a uma nova zona, uma espécie de tempestade em forma de cúpula surge numa parte do mapa. O ideal é evitar essa tempestade, se bem que na 1ª vez é praticamente impossível de evitar.

pathless 1

Esta tempestade serve de introdução ao novo espírito que teremos de salvar. Ao sermos capturados na tempestade, somos separados da nossa águia e temos de usar o seu chamamento para a localizar e recuperar.

No entanto, esta tarefa é dificultada pelo espírito corrompido que se encontra a patrulhar a zona. Temos de evitar movimentos quando estamos na zona iluminada pelo seu olhar e progredir aos poucos até chegarmos à águia.

Após isto, temos de limpar a corrupção que suja a águia, caso contrário não poderemos usá-la para flutuar ou voar.

Os puzzles, na maioria, envolvem ter de alinhar uns aros e disparar uma seta que passe por todos até atingir o alvo. Estes puzzles oferecem uns talismãs que temos de oferecer a umas torres e ao fim de 3, podemos prender o espírito e proceder à luta final contra ele.

pathless 4

Além disso, existem uns cristais que podemos apanhar e após encher a barra de progresso, desbloqueamos a possibilidade de a águia dar às asas mais uma vez, permitindo subir um pouco mais.

Estes cristais também servem de saúde. Caso sejamos detetados pelos espíritos ou se formos derrotados durante as lutas, em vez de ter de recarregar um checkpoint, perdemos um pouco deste progresso. É uma excelente alternativa que não quebra a imersão e obriga o jogador a ter cuidado, pois a possibilidade de dar às asas é muito útil para viajar pelo mapa.

Quando desbloqueamos as 3 torres e bloqueamos o boss e começa a perseguição. Temos de usar os talismãs para manter a alta velocidade até conseguirmos alinhar com o boss e disparar nos olhos que estão ao longo do seu corpo.

pathless 3

O boss vai-se tentar defender atirando projéteis ou causando ondas de choque que temos de evitar. Quando destruirmos todos os olhos, a próxima fase começa.

A luta final com cada boss é o exemplo de que uma luta de boss não precisa de ser extremamente complicada para ser épica. Fiquei bastante surpreendido pela apresentação visual das lutas e pela forma como uma mecânica tão simples como a do arco e flecha está tão bem implementada. Além disso cada luta de boss é única, mesmo que o loop de jogabilidade até aí seja sempre o mesmo com uma ou outra variação.

Ao derrotarmos o boss, a região muda um bocado, seja o clima ou a iluminação e podemos passar à próxima região ou continuar a explorar a região atual para descobrir mais puzzles e segredos.

Gráficos, som e performance

Graficamente, The Pathless é um jogo bastante competente e com uma direção de arte muito boa. É colorido e imersivo e é exatamente isso que se quer num jogo destes. O HUD minimalista mantém a imagem sempre limpa e reduz a quantidade de distrações no ecrã.

A nível de performance, testei o jogo na Playstation 5 e existem algumas considerações a ter.

O jogo possui um modo Qualidade que corre a 4K nativos e 30 FPS e um modo Performance que corre a 60 FPS, mas coloca o jogo a 1440p com upscale para 4K.

Pessoalmente, considerando que o jogo possui um pacing bastante rápido, 60 FPS é o ideal para terem uma boa experiência. Além disso, a imagem é bastante nítida mesmo com o upscale para 4K e a não ser que estejam completamente colados ao ecrã, mal vão notar a diferença da resolução.

No entanto, 60 FPS tornam o jogo muito mais fluido e melhora imenso a resposta do comando, portanto é um caso em que jogar a 30 FPS simplesmente não faz sentido, uma vez que não existe uma melhoria gráfica notória.

A banda sonora do jogo é muito boa, especialmente durante as lutas com os bosses saltando do intenso para o calmo quando voltamos à exploração do mundo.

Conclusão

The Pathless é um jogo que definitivamente devem experimentar. Caso não tenham a PS5, podem comprar para PS4 ou PC. Não testei o jogo na PS4 mas a versão de PC parece estar bem otimizada e o jogo deve correr bem mesmo em PC mais modestos.

É um jogo relativamente curto, com cerca de 5 horas até terminarem a história, mas ainda existem vários desafios para completar e segredos para descobrir.

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Design
Ecrã
Performance
Autonomia
Autonomia e alcance
Câmaras
Ecossistema
Qualidade/Preço
Ergonomia
Audio
Micrófono
Personalização
Video
Fotografia
Conectividade
Final Score