pokemon brilliant diamond shining pearl

Review Pokémon Brilliant Diamond/Shiny Pearl – A fórmula de sempre

Review dos Leitores1 Vote
70
O Melhor
Um mundo colorido com imenso conteúdo para explorar
Um Remake fiel ao original
O Pior
Fórmula gasta e sem muitos updates dos últimos jogos
Ausência do Pokémon Home no lançamento
Alguns problemas de UI
70

Tal como tem sido habitual desde Fire Red e Leaf Green a Nintendo aproveita o intervalo entre dois jogos da série principal de Pokémon nas novas consolas, para lançar uma versão atualizada dos jogos mais antigos com visuais renovados e algumas mecânicas.

Estas versões atualizadas, colocam-nas ao nível dos jogos da série principal em termos de gráficos e importam várias mudanças de qualidade de vida e mecânicas desses jogos mais recentes, dando aos remakes aquele efeito de “nostalgia goggles” e tornando a experiência fresca de novo.

Infelizmente, Pokémon Brilliant Diamond/Shiny Pearl é a exceção à regra e, apesar de não ser um mau remake, podia ter sido muito, muito mais.

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Chibi-Sinnoh

O primeiro aspeto de notar e talvez um dos mais contorversos, foi o estilo escolhido para os personagens durante a exploração e cinemáticas: o estilo “chibi”. Os personagens pequenos e com grandes cabeças tecnicamente acabam por ser uma espécie de escala do estilo usado até Sun/Moon, quando se começou a usar um estilo mais 3D e com personagens mais “humanos”.

Ao fim de algum tempo acabei por me habituar mas depois de jogar Sword/Shield, confesso que foi um choque ver esta mudança de estilo.

Isto leva-me ao segundo aspeto: Sinnoh. Sword/Shield, mesmo com os problemas de performance que tinha, foram um enorme salto a nível de apresentação e exploração do mundo de jogo.

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Sinnoh é uma região altamente variada, com grandes cidades, cavernas labirínticas, montanhas, vulcões, praias, entre muitos outros locais que seriam muito interessantes de ver numa perspetiva semelhante à de Sword/Shield, até para ter uma sensação maior da escala da região.

Agora como em 1999

Pokémon é um RPG por turnos e isso acaba por limitar de certa forma o que se pode fazer a nível de combate. Existe o sistema de fraquezas, buffs e debuffs assim como itens que podemos usar durante os combates. Mais tarde foi adicionado o sistema de habilidades e o de naturezas, que permite ter uma melhor visão do crescimento de cada pokémon, no que toca às estatísticas.

Infelizmente, este sistema não mudou até terem sido introduzidas as mega evoluções e o Gigantamax/Dynamax que tornaram os combates mais variados. Apesar de entender a vontade de preservar a experiência original, a ausência destas mecânicas tornou o jogo mais aborrecido para mim, porque lutar contra estes pokémon era um desafio adicional, especialmente durante lutas de ginásios.

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Assim, acabei por jogar Brilliant Diamond/Shiny Pearl da mesma forma que joguei os jogos antigos, usando estratégias de atropelamento, especialmente já sabendo que equipas boas usar e quais as naturezas certas para procurar.

Aliás, a fórmula está tão gasta que ativa a minha memória muscular e ainda pressiono Baixo+B quando tento apanhar um Pokkémon (comentem se ainda fazem isto).

A benção e a maldição do Exp Share

A mudança no Exp Share que passou de um item que um pokémon segurava para receber experiência mesmo quando não lutava, para um item que podia ser ativado para dar passivamente experiência a todos os pokémon da equipa, atingiu o seu novo nível ao ser um efeito passivo que está ativo sempre.

Isto para mim é uma benção e uma maldição. Por um lado, torna o processo de treinar os pokémon bastante mais simples, uma vez que temos sempre uma equipa praticamente ao mesmo nível e reduz o número de vezes que temos de usar pokémon fracos como sacrifício para usar revives nos mais fortes.

Por outro lado, entendo que torne o jogo mais fácil porque, mais uma vez, não temos um ou dois pokémon mais fortes que os outros que se destaquem e é possível derrotar todos os ginásios de forma simples.

No entanto, a culpa não é unicamente do Exp Share. Para começar, temos líderes de ginásio que utilizam pokémon na forma básica, só com um evoluído (geralmente o “principal”) e com 3-4 pokémon por equipa, colocando-os em clara desvantagem contra nós que podemos ter 6.

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Depois, a completa falta de IA dos adversários que muitas vezes em vez de acabarem com um pokémon meu que está a soro, usam ataques inúteis como debuffs ou buffs, só para serem derrotados no turno seguinte.

Além disso, usam itens de forma altamente idiota, portanto é fácil forçá-los a curar um dos pokémon mais fracos para não o poderem fazer nos mais fortes.

A única exceção que encontrei foi a Poké League, especialmente a ínfame Cynthia que têm equipas bem construídas, com uma variedade de ataques capazes de cobrir a maioria das suas fraquezas, possuem itens bastante úteis para os seus ataques e a melhor natureza para cada um, gerando aqui um pico de dificuldade.

Aliás, tive o azar (e a burrice) de construir uma equipa com imensas fraquezas contra terra, o que tornou o combate contra Cynthia um pesadelo, portanto usei uma tática clássica e que sinceramente nunca tinha usado: usar X-Items para aumentar special attack, special defense, defense e speed ao Dialga ao máximo durante o combate contra o Spiritomb, que praticamente não faz dano ao Dialga e de seguida derrotar cada pokémon golpe.

Felizmente, existem outras formas de testar a vossa equipa até ao limite. A battle tower está de volta e é possível participar em combates que vão ficando cada vez mais difíceis, sem o uso de itens e com limite de pokémon e tamanho de equipa.

Também é possível desafiar os líderes de ginásio novamente e desta vez já têm equipas completas e bem compostas, aumentando o nível de dificuldade. Igualmente, podem desafiar a Poké League mais duas vezes, contra uma elite 4 com pokémon de maior nível e algumas equipas reconfiguradas.

Trabalho adicional

Pokémon não é só lutas e a componente de coleção é também importante. Que eu me lembre, este jogo é o único que vos faz descobrir todos os pokémon regionais antes de vos fazer o upgrade da Pokédex para a versão nacional.

Com isto, vão poder descobrir e capturar pokémon de outras regiões incluíndo os lendários, usando um sistema de placas que podem inserir num local específico de Sinnoh.

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Existe também o enorme Underground que é composto por vários túneis nos quais podem construir uma base secreta e decorá-la a vosso gosto, minar itens que podem trocar por outros objetos e até fósseis mas, mais importante, existem salas temáticas que possuem pokémon e podem combater e capturá-los ao interagir com eles.

Por fim, têm ainda os Contests, nos quais podem colocar um ou vários pokémon em desafios rítmicos mas infelizmente, este sistema foi altamente simplificado em relação aos originais.

Gráficos, Performance e Som

Graficamente, como disse no início, é uma pena que Pokémon Brilliant Diamond/Shiny Pearl não tenha sido feito no estilo de Sword/Shield mas isso não significa que os gráficos sejam maus. Simplesmente é dificil aceitar que um estúdio first party da Nintendo apresente um jogo com este estilo na Switch quando existem jogos como Doom, Dying Light e The Witcher 3 a correr na consola.

No entanto, isto significa que o jogo corre bastante bem, quer em modo portátil quer na doca. Não que 60FPS seja a coisa mais importante num RPG por turnos, visto que não afeta propriamente a jogabilidade.

O que notei, foi um ligeiro atraso na deteção dos botões, que levou a vários comandos errados. Algo que também não gostei foi os contornos da UI ao escolher as opções, por vezes não é percetível qual o pokémon ou item que estamos a escolher.

A nível de som, apesar de não ser a minha banda sonora, ainda é agradável de se ouvir. No entanto, descobri que as bandas sonoras do Dragon Ball Dokkan Battle combinam extremamente bem com os jogos de Pokémon.

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