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Review Nobody Saves the World – Ação top down altamente divertida

Nobody Saves the World saiu recentemente no Xbox Gamepass e é o novo jogo do DrinkBox Studios, o estúdio responsável pelo excelente Guacamelee.

Ao contrário de Guacamelee, Nobody Saves the World não é um Metroidvania mas sim um jogo de ação com perspetiva top down e com um foco maior em crowd control que vos permite lutar com imensos inimigos no ecrã.

Enfrentem a Calamidade

Neste jogo, o vosso personagem é um “Zé-ninguém” que é atirado para uma masmorra logo no início do jogo por um feiticeiro chamado Randy. Sem aparente escapatória possível, descobrem que têm em vossa posse uma varinha mágica, capaz de vos transformar em diversas formas como num rato inicialmente, o que vos permite escapar da masmorra na qual se encontram aprisionados.

O mundo do jogo, encontra-se assolado por uma maldição causada por uma entidade chamada Calamidade, que infeta as várias zonas do reino como se fosse um fungo. A vossa missão é descobrir o paradeiro de Astromagus, um mago altamente poderoso e dono da varinha que têm na vossa posse e o único capaz de derrotar a Calamidade.

O reino encontra-se dividido em várias zonas como se fossem uma espécie de biomas. Existem zonas com vilas, florestas, pântanos, zonas aquáticas, desertos, etc. Em cada zona existe uma plataforma de teletransporte que permite viajar instantaneamente entre cada zona.

Nobody Saves the World joga-se como um Zelda dos antigos, em que podem dar golpes em essencialmente quatro direções, apesar de se poderem mover na diagonal.

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O elemento principal da jogabilidade, é a possibilidade de trocarem de forma em tempo real. Existem imensas para desbloquear e cada uma possui uma habilidade passiva intrínseca, um ataque básico e dois ataques especiais.

Estes ataques permitem que se adaptem ao tipo de inimigos que têm de enfrentar. Cada ataque possui um tipo de elemento como Blunt, Sharp, Light ou Dark e a forma como o jogo vos obriga a alternar entre os personagens, é colocando escudos nos inimigos que apenas podem ser retirados quando acertam com o elemento do mesmo tipo.

Cada personagem possui um rank que vai de D-C-B-A-S e cada rank introduz uma nova habilidade. Existe também um nível global de personagem que permite aumentar os vossos atributos de combate e desbloquear novos espaços para colocarem mais habilidades passivas.

As habilidades de cada personagem, ao serem desbloqueadas vão para uma espécie de coleção. Tirando o ataque principal e a passiva de cada um, podem equipar nos restantes espaços qualquer ataque especial ou passiva dos outros personagens, permitindo excelente sinergia com alguns deles.

Ao atingirem um certo rank com alguns personagens, vão desbloquear novas formas. Cada forma possui um estilo e papel únicos nos combates. Por exemplo, existem certas formas que podem andar na água e até se movem mais rápido lá, existem formas que permitem invocar aliados ou ressuscitar inimigos mortos para usar como aliados, existem os típicos tanques que têm mais saúde e capacidade defensiva, existem outras cujo objetivo é tornar os inimigos mais lentos ou causar efeitos como veneno, arder, medo ou atordoamento.

Apesar de todas as formas até estarem bem equilibradas, existem algumas que na minha opinião são bem mais poderosas que outras, especialmente quando começam a misturar habilidades de outros personagens nelas, criando assim kits de ataques imensamente poderosos.

nobody saves the world

A forma como subimos de rank é um dos principais diferenciadores deste jogo. Cada personagem possui uma lista de missões que temos de concluir para receber FP (Form Points). O nível geral também sobe sempre que concluímos qualquer missão de Form, secundária ou principal.

Estas missões são uma mudança ao que habitualmente se vê nos RPGs que, nos quais basta derrotar inimigos para ganhar experiência e subir de nível. Aqui temos de jogar de uma certa forma para concluir as missões. As iniciais envolvem usar as habilidades e ataques básicos de cada forma. Derrotar X inimigos com o ataque Y, acertar em vários inimigos com uma única habilidade.

Eventualmente, vamos começar a apanhar missões mais complicadas como derrotar vários inimigos com a habilidade da forma X, enquanto temos um buff ativo que só pode ser usado com uma habilidade da forma Y. Isto permite que aprendamos a misturar as várias habilidades e até descobrir alguns kits que são bastante eficazes.

A melhor forma de completar estas missões é nas masmorras espalhadas pelo mapa. Algumas não possuem qualquer modificador, outras possuem alguns bastante complicados como uma que aumenta o dano causado por vocês e pelos inimigos em x9999, obrigando-vos praticamente a completá-la sem sofrer dano (existe uma passiva que mitiga isto).

Apesar de poder parecer grind desnecessário, se souberem onde “farmar” estas missões, conseguem completá-las rapidamente. Em 20 minutos conseguem colocar um personagem nos ranks mais altos. Ao subirem o rank dos personagens vão poder usar tokens, que recebem como recompensa nas masmorras ou ao terminar missões, para subir o nível das habilidades o que permite que gastem menos mana para usar e causem mais dano.

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Demorei pouco mais de 15 horas para terminar o jogo, mas ainda tenho algumas masmorras para completar e uma boa quantidade de missões secundárias para acabar. Existe ainda New Game + se quiserem usar isto para atingir os ranks mais altos com os personagens que vos faltam de forma mais natural, sem terem de se desviar do vosso caminho para os subir em masmorras.

Gráficos, performance e som

Graficamente, Nobody Saves the World possui uma arte bastante cartoon e é altamente baseado em sprites. Os personagens possuem desenhos bastante exagerados e cómicos, especialmente as várias formas que desbloqueiam.

A performance não é um problema e qualquer um vai, em principio, poder jogar isto mesmo em máquinas mais modernas.

A banda sonora do jogo é bastante boa e alguns temas lembram até o estilo usado em jogos como Undertale.

Conclusões

Nobody Saves the World está incluído no Gamepass e se têm subscrição ativa, é um bom jogo para passarem umas horas divertidas. Este mês de Fevereiro é complicado com alguns lançamentos de peso como Dying Light 2, Sifu, Elden Ring, Horizon Forbidden West ou Destiny 2 The Witch Queen. Aliás eu já tinha começado o jogo e tive de interromper para fazer a análise ao Dying Light 2 e ao Sifu, mas finalmente pude terminá-lo.

É um jogo que recomendo jogarem quando tiverem tempo porque sem dúvida não se vão arrepender. Sabem aquelas alturas em que dizem “não tenho nada para jogar” enquanto olham para a vossa biblioteca repleta de jogos? Nobody Saves the World é o jogo que vão jogar nessa altura.

Review dos Leitores0 Votes
0
O Melhor
Excelente jogabilidade
Arte colorida
Imensas formas de abordar os combates
O Pior
Sistema de troca de personagens em tempo real podia ser melhor implementada
Grind pode não agradar a toda a gente
80

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Design
Ecrã
Performance
Autonomia
Autonomia e alcance
Câmaras
Ecossistema
Qualidade/Preço
Ergonomia
Audio
Micrófono
Personalização
Video
Fotografia
Conectividade
Final Score