Após vários updates gratuitos, incluindo o fantástico modo Legends, Ghost of Tsushima está de volta e com novo conteúdo, desta vez pago, que inclui uma nova região, missões e segredos para descobrir.
Ghost of Tsushima foi o nosso jogo favorito de 2020 e um incrível cantar do cisne para a Playstation 4. Após o lançamento da Playstation 5, foi lançado um update gratuito que permitia correr o jogo a 60 FPS com uma resolução de 4K através de checkerboarding, mas agora a versão Director’s Cut inclui um upgrade pago, que permite jogar a 60 FPS com um alvo de 4K nativos, além de feedback háptico para o comando.
Nesta análise vamos focar mais no que vem incluído no DLC, portanto se querem saber mais sobre a nossa opinião acerca do jogo base, vejam a análise no link que colocamos acima.
A ilha do passado
O novo conteúdo de Ghost of Tsushima ocorre imediatamente após os acontecimentos do fim da campanha principal, com a lenda do Fantasma de Tsushima bem presente nos moradores da ilha e uma suposta paz que finalmente se faz sentir.
No entanto, um encontro com batedores mongóis leva Jin Sakai a descobrir que existe uma tribo na ilha Iki, o local onde o seu pai foi morto durante a luta contra uma rebelião muitos anos antes, cuja líder “Águia” pretende fazer uso de uma terrível arma para conquistar a ilha de Tsushima.
A ilha Iki é um local controlado por piratas e bandidos, bastante isolada de Tsushima e por isso, a lenda do Fantasma não chegou a estas paragens. Para piorar, os seus habitantes odeiam samurais e a familia de Jin, fazendo com que esteja isolado em território altamente hostil.
No entanto, já diz o ditado que “o inimigo do meu inimigo é meu amigo” e Jin rapidamente consegue convencer os bandidos a ajudá-lo a libertar a ilha Iki das mãos dos mongóis.
A nova campanha é bastante curta e sinceramente gostaria que tivesse mais umas horas para explorar mais a personagem da Águia. No entanto, o jogo faz um grande trabalho em usá-la para forçar Jin a enfrentar os fantasmas do seu passado.
Existem cerca de 4-5 missões principais e diria que a duração da história é pouco maior que uma das campanhas secundárias que existiam para os companheiros de Jin, no jogo base.
Cenários de cortar a respiração
Tal como disse na análise ao jogo base, Ghost of Tsushima é um dos jogos de mundo aberto com melhor grafismo da atualidade. Cada cenário parece uma pintura idílica, ao dobrar uma esquina deparamo-nos com imagens que só dá vontade de tirar screenshot ou usar o fantástico modo de fotografia.
Apesar de não ser tão variada como Tsushima, a ilha Iki possui locais incríveis, com enormes campos de flores, lagos, cascatas, praias e, o meu favorito, uma antiga aldeia que serviu de campo de batalha e com o tempo ficou completamente coberta de folhas, que se agitam com o vento e dão um aspeto quase assombrado ao local.
A ilha também inclui alguns novos desafios como Arco e flecha, tocar flauta para certos animais ou uns santuários que escondem uns easter eggs fantásticos, assim como alguns já existentes como Haiku e corte do bambu.
Existem também novas armaduras para descobrir, novas habilidades e imensos novos cosméticos para desbloquear.
Toda esta experiência é elevada com o framerate suave e alta resolução (bónus se jogarem com HDR ligado) e pelo feedback háptico do comando, que vos permite sentir cada golpe, passos do cavalo cuja intensidade da vibração muda dependendo da dureza do terreno, chuva, vento, etc.
Não é algo que precisem mesmo para apreciar o jogo, mas se o tiverem não ficam nada a perder.
Conclusões
Se gostaram do jogo base de Ghost of Tsushima, o DLC Iki é literalmente mais do mesmo. Mas quando mais do mesmo é muito bom, é obvio que vos recomendo.
O update para a Playstation 5 são cerca de 10€ a mais e se tiverem uma boa TV 4K, a diferença entre 4K checkerboarding e 4K nativos como alvo nota-se, com o 2º modo a dar uma nitidez maior e um aspeto menos borrado ao jogo.