Devil May Cry 5 foi um dos jogos mais impressionantes de 2019 e o regresso ao estilo original, com os personagens que os fãs tanto gostam.
Não vou analisar o jogo em si no que toca a história e elementos de gameplay, visto que já analisei o jogo base (podem ver aqui) e a Special Edition não muda nada nesse quesito.
O que temos aqui é uma extensão do potencial de Devil May Cry 5, num pacote exclusivo para as novas consolas (PS5 e Xbox Series X/S).
Virgil está de volta
Tal como em Devil May Cry 3 Special Edition (um dos meus jogos favoritos de sempre, por sinal), podemos novamente jogar com Virgil e o que temos aqui é um mimo para os olhos.
Os combos que podemos fazer com ele são frenéticos, rápidos e desfazem inimigos com uma velocidade incrível.
Além das várias armas que podemos usar, é possível trocar com V durante uns segundos e aniquilar completamente tudo o que está no cenário.
Gotta go fast
Um dos novos modos introduzidos em Devil May Cry 5 SE, é o Turbo Mode. Este modo é simples, torna o jogo mais rápido em cerca de 1.2x. Se quiserem ver mais ou menos como é, procurem gameplay do jogo no Youtube e coloquem a velocidade do vídeo em 1.25x.
Pode não parecer grande o salto, mas quando estão no meio dos combates, a velocidade aumentada é como passar de um café forte para um comprimido de cafeína.
Se juntarem a isto a nova dificuldade, Legendary Dark Knight (já havia em Devil May Cry 4) que aumenta a dificuldade em geral e introduz uma enorme quantidade de inimigos no ecrã, a intensidade do jogo dispara para um novo nível.
Ray Tracing e alto framerate
O principal estandarte desta Devil May Cry 5 Special Edition, é o facto de introduzir Ray Tracing e alto framerate nas novas consolas. É possível jogar em 4K até 120 fps ou 1080p com vários níveis de qualidade do Ray Tracing.
Sinceramente, achei o Ray Tracing um pouco dececionante, em ambos os modos (qualidade e performance). Apesar de conseguir manter as 60 fps, a descida da resolução para 1080p torna o jogo difícil de jogar numa TV 4K, ficando com um aspeto borrado.
A qualidade do Ray Tracing em si é bastante parecida em ambos os modos, sendo que no modo performance é ligeiramente mais desfocado do que no modo quality.
Para mim, o modo definitivo é claramente aquele que permite 4K e alto framerate. A imagem fica bastante nítida e os reflexos neste modo são bastante aceitáveis na mesma (acho que o jogo faz uso de Screen Space Reflections).
Apesar de entender que o objetivo desta edição seria vender o Ray Tracing nas novas consolas, é um pouco dececionante não ver esta edição chegar ao PC, onde poderíamos tirar o máximo potencial desta tecnologia, mantendo a alta resolução e framerate. Talvez um dia.
Conclusões
Se não jogaram Devil May Cry 5 quando saiu e têm uma das consolas novas. é altamente recomendado que adquiram esta edição.
Apesar do Ray Tracing ser um bocado “gimmicky”, poder jogar este jogo a 4K e até 120 fps é um mimo e ter Virgil jogável, assim como novos modos de dificuldade e o Turbo Mode tornam este jogo ainda melhor.