Os jogos em primeira pessoa mais imersivos

Dois dos factores mais importantes a ter em conta, na hora de desenvolver um novo jogo com perspectiva em 1ª pessoa são: imersividade e atmosfera. Todos gostamos de jogar um First Person Shooter que nos dê a sensação de estarmos dentro do jogo.

Assim, para vocês que gostam de se sentir imersos no jogo, faço aqui nesta lista, os jogos em primeira pessoa mais imersivos, com perspectivas tão bem feitas, que melhor que isto, só com óculos de realidade virtual. Como existem tantos jogos possíveis, vamos atualizar este artigo brevemente. Se faltar algum, não deixem de comentar.

GTA V

Apesar de ter sido desenvolvido inicialmente como um jogo em terceira pessoa, tal como todos os anteriores da série, a Rockstar decidiu introduzir um modo de 1ª pessoa aquando do seu lançamento na nova geração. O modo foi tão bem executado que passou de simples gimmick, a maneira completamente viável de jogar quer no modo a solo, quer no modo multi-jogador.

O jogo mantém todo o sistema de física e ragdoll realistas da perspectiva em 3ª pessoa e, associado ao facto de podermos ver todo o nosso corpo, do pescoço para baixo, consegue criar uma ilusão quase perfeita de que estamos dentro do jogo. 

Quando conduzimos, é fantástica a sensação de velocidade, quase sentimos nós mesmos o impacto dos choques. Quando batemos de mota e saímos disparados, quase fechamos os olhos por instinto e as quedas livres conseguem ser particularmente assustadoras, especialmente se tiverem vertigens. Para completar a experiência, já existem diversos mods que o tornam compatível com o Oculus Rift, que leva este realismo a um nível completamente diferente.

 

F.E.A.R

FEAR é capaz de ser o meu jogo de tiros favorito de sempre. É assustador, desafiante e extremamente imersivo. Para vos colocar mesmo dentro do jogo, é possível verem o vosso corpo e executarem golpes físicos como pontapés. Para ajudar ao realismo, é frequente sofrerem de alucinações que muitas vezes aparecem quando olham para um determinado sitio.

É fantástico como um jogo de 2005, foi dos poucos já lançados capaz de misturar terror, acção, boa IA e gunplay viciante de forma quase perfeita e, ainda, ser capaz de agarrar completamente o jogador. Tal como muitos outros jogos de terror, também este já suporta Oculus Rift portanto, se têm o equipamento, fraldas e coragem de sobra, podem experimentar este fantástico jogo de forma completamente diferente.

 

ArmA 3

ArmA 3 é o terceiro jogo da aclamada série de simuladores de guerra, produzido pela Bohemia Interactive. Sendo um simulador de guerra, que conta com um sistema de disparo realista, várias posições para colocar o nosso soldado, um menu de opções tão extenso, que podem ficar horas só a configurar os parâmetros, seria de esperar que a vista em 1ª pessoa fosse realista.

De facto, esta é possivelmente a visão em 1ª pessoa mais realista que já vi num jogo. Além de poderem ver literalmente todo o vosso corpo, podem definir a deadzone, o que permite que possam apontar livremente a vossa arma sem rodarem a câmara, como se estivessem a jogar um FPS na Wii ou com o Move da Playstation.

Se juntarem a este realismo o facto de poderem jogar com o Oculus Rift, assim como a possibilidade de colocarem o vosso próprio corpo no jogo, utilizando um scanner 3D como o RealSense da Intel, mais realista que isto só se fossem mesmo para a guerra.

 

Metro 2033

Metro 2033 é um jogo de tiros onde a atmosfera é o vosso pior inimigo, literalmente, visto que se forem para a rua sem máscara de gás, morrem asfixiados. Mas não é esta a atmosfera de que estou a falar obviamente. É possivelmente dos jogos mais sufocantes que já joguei, muito pelo facto de passarmos a maioria do tempo em túneis apertados, cheios de fumo e nevoeiro.

A perspectiva em 1ª pessoa de Metro 2033 é fantástica e, se jogarem em Ranger Mode que vos retira o HUD, fica ainda mais imersivo. Quando colocam a máscara de gás, conseguem ver a parte de baixo do vidro a embaciar com a respiração e quando a sujam, devem passar com a manga da camisola para a limpar. A “pior” parte é de longe, quando a máscara se parte e tentam desesperadamente encontrar uma nova, enquanto ouvem o vosso personagem asfixiar lentamente. Se procuram um FPS com uma atmosfera pesada e bastante imersivo, Metro 2033 é a vossa escolha.

 

Far Cry 2

Apesar de Far Cry 3 ter alguns momentos em 1ª pessoa verdadeiramente espectaculares, nomeadamente, os voos em Wingsuit e a trip de cogumelos, sinto que Far Cry 2 fez um trabalho bem melhor no quesito da visão em 1ª pessoa.

Para começar, as situações em que o vosso personagem, que devido a eventos do inicio da história, é infectado com Malária, começa a tossir convulsivamente, especialmente quando estão no meio de um tiroteio, e têm de desesperadamente tomar os comprimidos que suprimem os efeitos. Segundo, foi o jogo da série que introduziu os “primeiros socorros”, que vos permite recuperar um pouco da vossa saúde após uma animação bastante dolorosa, na qual o personagem arranca uma bala do braço, ou endireita um osso deslocado.

Além disso foi o jogo que introduziu o sistema de condução imersivo que vimos nos Far Cry atuais, que melhorou imenso o sistema já existente no 1º jogo, chegando a ser melhor que outros jogos de carros em primeira, pessoa da altura. Mas a cereja no topo do bolo, é sem dúvida a animação de desencravar armas.

Apesar de ter sido retirada a partir de Far Cry 3, em Far Cry 2 era frequente as armas encravarem devido à degradação. Isto acontecia especialmente em armas que retiravam dos inimigos e não tinham o devido tratamento. Quando encravavam no meio de um tiroteio, enquanto as recarregavam, era fantástico ver o vosso personagem lutar para desencravar a arma, para que pudesse voltar ao combate.

 

Metroid Prime

Metroid Prime foi um dos jogos da série mais controversos, principalmente devido à mudança de género, que passou de um jogo de plataformas 2D, para um FPS, que na altura foi considerada uma mudança demasiado drástica e, como tal, foi alvo de duras críticas. Até que finalmente foi lançado e fez os críticos engolir as suas palavras.

Para um jogo da Gamecube, introduziu e melhorou diversos elementos que já existiam em jogos do género nas consolas. E esse é o ponto chave, o facto de ter sido lançado para uma consola. Na altura, o género FPS era principalmente lançado para PC. Jogos como Metroid Prime e Halo, são perfeitos exemplos de como fazer um jogo de tiros em primeira pessoa, de forma perfeita para consola.

Utilizando um sistema de disparo parecido com o que já existia em Goldeneye 64, a principal característica que o torna tão imersivo é o HUD. Em Metroid Prime, toda a informação que têm ao vosso dispor encontra-se no capacete que têm equipado. Para a altura, foi algo bastante inovador, visto que a maioria dos FPS optava por um HUD mais tradicional e mesmo Halo, que tinha saído um ano antes, apesar de ter um HUD com um princípio relativamente parecido, não fugia totalmente ao tradicional.

Mais tarde foi relançado na Wii, que com o Wiimote, levou este fantástico jogo a um novo patamar de imersão.

 

Crysis

Crysis, também conhecido por “queima computadores de 2007”, foi um jogo que por muitos anos serviu de “benchmark” para mostrar o poder dos novos processadores ou placas gráficas. Mas o que muitos vêm como um benchmark, eu vejo como um jogo extremamente imersivo muito por culpa, lá está, da fidelidade gráfica.

A perspectiva em primeira pessoa está muito bem conseguida, faz-vos sentir que estão dentro do jogo. Os diferentes poderes do fato, permitem que abordem os combates à vossa maneira. Podem entrar a matar com o escudo ativo e sentem os impactos das balas, eliminar os inimigos um a um enquanto estão invisíveis ou agarrá-los pelo pescoço e atirá-los para longe.

Apesar de Crysis 2 e 3 estarem bastante imersivos, a minha escolha vai para o 1º por tudo aquilo que alcançou a nivel da inovação gráfica e imersividade. Além disso, para um jogo de 2007, encosta muitos que saem ainda hoje para as novas consolas em termos de gráficos.

 

Dying Light

Estava na dúvida entre Dying Light e Mirror’s Edge, visto que são os dois jogos que melhor conseguiram implementar um sistema de parkour em 1ª pessoa, mas após comparar os dois, Dying Light foi a escolha óbvia, muito por ter um sistema de movimentação parecido com o de Mirror’s Edge, um sistema de combate melhor e outras mecânicas que o tornam mais imersivo.

A forma como o mapa em Dying Light é um autêntico parque de diversões para os amantes do parkour é fantástico, e demonstra o talento em game design da equipa da Techland. Não existe um caminho específico, podem ir por onde quiserem, desde ruas apertadas que vos obrigam a desbravar caminho pelo meio dos zombies, a telhados de alumínio que servem de autênticas autoestradas.

A melhor parte é quando fogem dos Virals durante a noite e podem olhar para trás enquanto fogem, que abranda o tempo por uns instantes e vos permite perceber o quão tramados estão, se aquela malta vos põe as mãos em cima. Para melhor ainda mais, a expansão The Following introduziu a condução de veículos.

Se quiserem saber mais podem ver a nossa análise a este fantástico jogo.

 

Battlefield Hardline

Apesar de ser bastante imersivo fugirmos de um tanque que nos persegue, ainda para mais quando é outro jogador a conduzi-lo, achei que Battlefield Hardline merecia mais estar nesta lista, que as versões de guerra Battlefield 3 e 4.

A principal razão é o facto de Hardline ter mais elementos que fazem uso da vista em 1ª pessoa. Coisas como a máscara de gás são um bom exemplo de um gadget que tem como beneficio não sofrer dano das granadas de gás, enquanto nos dificulta a visão pois ocupa uma boa parte do ecrã.

No entanto acho que a principal razão pela qual coloco este jogo na lista, são os reloads secretos. Tal como em Far Cry 2, é uma feature que faz muito bom uso da visão em 1ª pessoa e gostamos sempre quando aparecem, especialmente o reload da RO933.

Se quiserem saber mais sobre o jogo não percam a nossa análise.

 

Bioshock

Como não podia faltar, aquele que é um dos melhores jogos da geração passada e um jogo com uma perspectiva em 1ª pessoa simplesmente soberba, Bioshock.

Bioshock inovou em muitas coisas, que não haja dúvidas, mas uma das melhores, foi a imersão que criou. Sendo Rapture uma cidade subaquática, quase sentimos o peso das milhões de toneladas de água que estão por cima de nós, os efeitos sonoros são geniais, especialmente quando parece que nos sussurram ao ouvido.

No entanto o melhor efeito é quando temos um plasmid equipado. Estes “feitiços” alteram as nossas mãos e podemos combinar vários para efeitos verdadeiramente destrutivos. Um dos melhores é sem dúvida o do Incinerate que nos coloca as mãos em chamas.

https://www.youtube.com/watch?v=vw0uohg0yWk

 

E tu, achas que estes são os melhores jogos de em primeira pessoa?

Se conheces algum jogo que deveria estar nesta lista, deixa um comentário.

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