Destiny 2 cover

Destiny 2 – State of the Game 2021

Todos os anos a Bungie coloca um artigo no seu site, no qual enumera os planos para o ano seguinte nomeadamente, as novidades que vão sair até e na expansão anual e alguns planos para depois disso.

No State of the Game de 2021 chamado The Road to The Witch Queen, escrito por Joe Blackburn o Diretor Assistente, vemos algumas das novidades que aí vêm e um pouco da visão que o estúdio tem para o jogo daqui para à frente e posso dizer, se esta visão se concretizar, Destiny 2 vai atingir um nível nunca antes visto a nível de qualidade de vida para os jogadores.

Então vejamos.

Quebrar a tradição

Até Shadowkeep, todos os anos tivemos uma expansão nova em Setembro, com temporadas de 3 em 3 meses que introduziam novo conteúdo. Shadowkeep foi adiado para Outubro, Beyond Light saiu em Novembro de 2020 e The Witch Queen, a próxima grande expansão, foi adiada para o início de 2022.

Com o aumento do estúdio, é natural que a visão da Bungie para a próxima expansão se tenha alargado um pouco afinal, dispõem agora de mais mão de obra capaz de ajudar a entregar uma expansão limpa de bugs e com o conteúdo que os jogadores tanto pedem.

destiny 2 the witch queen header

Beyond Light, apesar de ser uma boa expansão, veio com uma quantidade inacreditável de bugs e exploits, que a Bungie tem vindo a limpar desde Novembro e todas as semanas surgem novos problemas.

Esperemos que com o regressar aos estúdios, a Bungie possa voltar a focar-se 100% na criação do novo conteúdo.

O pôr do pôr do sol

O Sunset de equipamento, como é conhecido, foi uma das decisões mais controversas de sempre no universo Destiny. Com isto, a Bungie colocou um prazo de validade nas vossas armas e armaduras lendárias, limitando o seu nível até uma determinada temporada, geralmente 1 ano depois do seu lançamento.

Num mundo ideal, estas armas e armaduras seriam substituídas por outras com novas combinações de perks que tornariam apetecível o seu grind, funcionando como um relógio cujas rodas dentadas entram e saem sem nunca parar de funcionar.

Destiny 2 sunset

O problema, é que a Bungie decidiu retirar a maior parte das rodas dentadas, deixou poucas e foi colocando outras ao longo do tempo, fazendo com que existissem buracos no mecanismo, que obviamente deixou de funcionar corretamente.

A temporada 13 aliviou bastante algumas destas falhas e aos poucos o equipamento vai sendo substituído, mas ainda existem alguns tipos de armas que não possuem alternativa no jogo.

Assim, a Bungie decidiu ouvir os jogadores e acabar com o sunset para armas que iriam expirar nesta temporada e todas daqui para a frente.

Isto vai obrigar a um plano de balanceamento das armas mais cuidado para evitar o power creep que o estúdio tanto temia, mas esta decisão foi um enorme peso retirado dos ombros dos jogadores que agora podem planear as suas builds com um prazo maior em vista.

Menos grind de níveis

A Bungie decidiu alterar o grind de níveis fazendo com que o nível máximo passe de +50 para +10 em cada nova temporada.

Isto faz com que o jogo volte ao sistema do Annual Pass, que foi lançado após Forsaken e serve para aliviar o peso do grind de níveis nos jogadores, que quando finalmente chegavam ao nível máximo, estavam quase na nova temporada e teriam de recomeçar tudo do zero.

destiny 2 beta pc

Esta decisão é boa, mas a forma como se sobe de nível em Destiny continua um pouco pobre. Sim era chato ter de fazer lost sectors 20 ou 30 níveis abaixo do recomendado, porque de repente todas essas atividades subiam 50 níveis e nós passávamos de incrivelmente poderosos, a ser massacrados com 1 tiro de uma unidade básica.

Por outro lado, existem muito mais atividades que conferem Pinnacle loot comparado com o que aconteceu no Annual Pass. Também existe o artefacto, que não existia na altura e atividades cujo nível recomendado é acima do máximo, como as Nightfalls em Master e Grandmaster, Lost Sectors em Master, entre outros.

Assim sendo, apesar do grind de níveis continuar a requerer que façamos sempre as mesmas atividades, vamos poder jogar as atividades de nível mais alto muito mais cedo na temporada, o que permite acesso a equipamento mais poderoso logo no início e, levando a mais tempo para explorar e construir builds.

O tão desejado foco no PVP

Dizer que a Bungie se desleixou completamente no PVP nos últimos 2 anos seria um eufemismo. O PVP de Destiny nunca esteve tão tóxico e desequilibrado como está desde o lançamento de Beyond Light.

Para tal, a Bungie decidiu equilibrar alguns dos pontos mais fortes das subclasses de Stasis, que partiram completamente o PVP, introduzir melhores recompensas nos modos endgame e equilibrar o uso de habilidades vs armas no Crucible.

Começando na temporada 15, a Bungie vai proibir o uso de emotes e espadas sem munição no Trials of Osiris e no modo competitivo.

Isto é conhecido por 3-peeking e permite que se faça uso de mecânicas em 3ª pessoa para espreitar por esquinas sem que exista qualquer tipo de risco para o jogador.

Isto não era tão problemático em Destiny 1 uma vez que o Field of View era mais estreito e a informação obtida não era tanta. Em Destiny 2, temos um FOV até 105º, que em 3ª pessoa permite ver completamente os corredores e grande parte da zona que os rodeia, sabendo sem qualquer risco se existe algum sniper naquela zona.

Isto também vai tornar os jogos mais rápidos, uma vez que uma tática muito usada é colocar o máximo de pontos de Intellect possíveis e usar 3-peeking para extender as rondas e obter o super logo nas rondas iniciais, o que tornava os jogos incrivelmente aborrecidos.

A Bungie vai também introduzir mudanças no matchmaking e no sistema de recompensas do Trials of Osiris, para incentivar os jogadores de maior skill a não fazerem reset ao cartão nos primeiros jogos e tentar ir o mais longe possível, permitindo aos jogadores com menor experiência evitar este tipo de jogadores nos jogos iniciais do cartão.

Apesar de não ser confirmado, muito provavelmente o novo matchmaking será baseado em conexão e não no número de vitórias que têm no cartão, e será introduzida uma forma de jogadores solo poderem experimentar o modo sem que precisem de ter uma equipa.

Isto terá de ser muito bem implementado, uma vez que o Trials é um modo que requer muita comunicação, algo que jogadores solo não têm. A possibilidade de colocar um modo Freelance, como existe no Iron Banner e no Competitivo tem de ter por trás um excelente sistema de recompensas para que o tempo dos jogadores não seja desperdiçado, uma vez que nunca sabemos o tipo de jogadores que irá calhar na nossa equipa, assim como na adversária. A experiência atual no modo competitivo não é a melhor e se o Trials continuar com este sistema de recompensas, o modo freelance vai estar vazio ao fim de uma semana.

Combater os vermes

Destiny 2 tem um grave problema com cheaters. A falta de um anti cheat apropriado e um sistema de reports que não mostra resultados faz com que o PVP de Destiny 2 atual seja altamente desmotivador.

A cada 10 jogos, muito provavelmente vão apanhar cheaters em 6 deles e nos outros 4, estão na vossa equipa e provavelmente não notam.

D2 hackers

Assim, a Bungie vai aumentar a equipa de segurança para o dobro (o que não quer dizer muito visto que não sabemos o número atual), e tem trabalhado para processar judicialmente as empresas que criam estes hacks.

No entanto, o facto de isto ser anunciado agora faz com que muito provavelmente o PVP em 2021 continue a ser praguejado de vermes e incrivelmente frustrante, quando encontramos equipas inteiras com wallhacks e aimbots até nos modos de PVP básicos.

A Raid que salvou Destiny

O regresso do Vault of Glass já na próxima temporada (14), marca o regresso daquela que foi a atividade que salvou o primeiro Destiny, no ano de lançamento.

Apesar da Bungie prometer uma experiência semelhante à original, existem algumas novidades que a vão aproximar mais das raids de Destiny 2, mas a maior delas é existir uma corrida pelo 1º lugar, numa raid cujas mecânicas já são conhecidas e existem diversas estratégias de speedrun.

VOG

Para tal, a Bungie vai colocar o já popular (e doloroso) Contest Mode nas primeiras 24 horas e introduzir um certo número de triunfos que os jogadores têm de completar para serem vitoriosos na corrida. É uma decisão interessante e estou curioso para ver como mudará a forma como se faz a raid.

Além disso, outra excelente novidade é a introdução de Master Raids e Dungeons, introduzindo inimigos de maior nível, com modificadores mas que recompensam os jogadores mais hardcore com armas Adept, que possuem características especiais face às versões normais dessas armas.

Stylin’ and profilin’

O estilo do nosso Guardian é um fator enorme em Destiny 2. Uma mecânica que sempre faltou no jogo, foi o clássico Transmog, que permite usar qualquer armadura que tenhamos nas coleções como um ornamento.

Esta mecânica vai-se chamar Armor Synthesis e será acessível usando materiais que podemos obter jogando…mas também através de Silver, usando dinheiro real.

XMog EN

Esta decisão é incrivelmente arriscada se os jogadores fiéis e que jogam regularmente sentirem que este sistema é um pretexto para os obrigar a comprar Silver.

Veremos como será implementado.

Outra novidade é o facto de as shaders finalmente serem itens permanentes que podemos usar no novo menu de personalização. Até agora eram itens consumíveis e foi uma decisão altamente contestada quando Destiny 2 foi lançado, visto que não era assim no primeiro jogo.

Quebrar barreiras

Na temporada 15, finalmente vamos ver o Crossplay ser introduzido em Destiny. Isto vai unificar os grupos de LFG, fazendo com que seja incrivelmente mais fácil organizar uma equipa para fazer uma raid, dungeon ou outra atividade de nível alto.

Uma das maiores preocupações, era o facto de juntar jogadores de PC e consolas no PVP que como disse, está infetado de cheaters, mas a Bungie pensou nisso e a única forma de jogadores de consola encontrarem jogadores de PC, é se forem convidados por jogadores dessa plataforma para jogar em lobbies de PC. No entanto, não ficou explícito se o contrário também acontece, um jogador de consola convidar um jogador de PC para lobbies de consola (provavelmente não).

Gilded Title EN

Também vão ser introduzidas na temporada 15, as primeiras armas lendárias que usam Stasis como elemento, aumentando a gama de elementos que podemos usar.

Também veremos um papel mais proeminente de Ikora Rei, que está esquecida no Bazar da torre desde Shadowkeep e uma narrativa mais interligada com os acontecimentos das temporadas até The Witch Queen.

A partir da temporada 14 poderemos ver um número ao lado dos novos Gilded Titles, um sistema parecido ao Prestige de Call of Duty mas para atividades específicas, que introduzem novos triunfos para completar e ao fazê-lo, o título e texto mudam de cor e agora podemos ver quantas vezes já o completamos.

Por fim, fica uma arte conceptual do que serão as armaduras que vêm com a expansão The Witch Queen.

Nova Gear

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