Eis a review do Aquaris X5, o terminal da BQ que se distingue de todos os anteriores. Contudo, será que é assim tão bom como dizem? Vejamos.
Hoje em dia, para ter um bom smartphone, não é preciso gastar muito dinheiro. Conheço algumas pessoas que dizem: “Eu, mais de 200€, não dou por um telemóvel”. E é que 200€ é o valor de um telemóvel equilibrado, e parece ser o preço ideal para muitas pessoas.
A BQ, empresa espanhola cujo nome tem crescido bastante nos últimos anos, apercebeu-se disto, e desde as suas origens que tem apostado no equilibrio e bom preço.
Recentemente chegou ao mercado o seu novo modelo, o Aquaris X5. Este terminal foi o primeiro da marca a contar com um corpo de aluminio e com o sistema operativo Cyanogen OS.
Nesta review contamos tudo sobre um dos melhores smartphones de gama média.
Design de metal do X5
O que mais se destaca neste terminal é o seu desenho.
É um dispositivo com um peso de 148 gramos e 7,5 mm de expessura. Bonito, limpo e metalizado. Já não sentimos o plástico como sucedia nos dispositivos anteriores da BQ. Parece ser um dispositivo UniBody, mas tenho algumas dúvidas em relação a isso.
[Tweet “O X5 da BQ tem um desenho premium pouco comum nos dispositivos de gama média”]
As laterais deste terminal são de aluminio, que apresentando diferentes cores conforme a versão que tenhamos: preto, branco ou dourado. No lado direito podemos encontrar os botões de volume, o botão power e as entradas para os cartões SIM (dual-nano SIM). Do lado oposto encontramos a ranhura para os cartões microSD. No canto inferior vemos o altifalante, a entrada micro-USB e o microfone. Na parte superior encontramos o jack 3.5mm de áudio e o microfone de redução de ruido.
A posição de cada elemento é boa, mas não é perfeita. Os botões de volume e power ajustam-se perfeitamente às nossas mãos. Contudo, o mesmo não acontece com o altifalante, que ao tê-lo na horizontal corremos o risco de o bloquear, reduzindo assim o som.
Na parte traseira encontramos o logo da BQ e uma câmara com um estilo um pouco diferente dos anteriores terminais. O material da carcaça traseira parece ser de plástico, mas não um qualquer, ao toque não dá a sensação de plástico ‘barato’, do ‘chinês’, se me entendem. Na câmara, se movemos o telemóvel rapidamente, ouvimos pequenos sons de algo que está solto la dentro. É um barulho normal do flash, mas que para alguém que não o saiba pode ser visto como um defeito.
A frente podemos ver o ecrã com os três botões tateis. Nestes três botões vemos uma grande diferença: o botão central. Este ano a BQ renovou a sua identidade corporativa e parece que quis incorporar o novo logo de 5 pontos nos seus produtos – sendo o botão central, o logo novo. Pessoalmente, eu não gosto, mas admito que em lugares com menos iluminação, o brilho e o desenho do botão é muito bom.
Ecrã e som
Os ecrãs dos BQ melhoraram bastante desde o lançamento da sua Gama E. Não são ecrãs perfeitos claro, mas permitem uma boa visualização dos conteúdos, e com uma boa eficiência energéitca, poupando a bateria.
O ecrã do Aquaris X5 é de 5″ polegadas e conta com uma resolução HD (720p) o que pode ser considerado um passo atrás tendo em conta o modelo Aquaris M5, conta com uma resolução FHD, ainda assim, este ecrã não está nada mau. O ecrã conta com a tecnologia QuantumColor+, resultando em cores mais vivas e brilhantes.
O som do X5 é perfeito para o uso esperado: ouvir alguma música de vez em quando, como nos transportes públicos, e tocar os sons das alarmes, notificações, chamadas, etc. Como já referi, o posicionamento do altifalante não é o melhor, mas a sua qualidade é boa. Em relação ao áudio podemos ainda destacar a incorporação da tecnologia Dolby Atmos. O dispositivo, pelo seu hardware, limita claramente esta tecnologia, mas mesmo assim nota-se a diferença entre a ter ativa ou não.
O design paga-se…
O novo X5 incorpora um processador Snapdragon 412, acompanhado por um chip gráfico Qualcomm Adreno 306, contando ainda com 2/3 GB de RAM e 16/32 GB de memória interna, conforme o modelo. Para os mais curiosos, deixo os printscreens do resultado de Antutu e Geekbenchamrk:
Sim, sei o que estão a pensar: “o Aquaris M5 tem um processador melhor”. É verdade, e têm toda a razão, mas são terminais diferentes, em gamas diferentes. O M5, em relação a potência e aspectos internos ganha o X5 com facilidade, visto que o M5 incorpora um processador melhor, uma câmara melhor, tem NFC… Mas voltemos ao X5.
O M5 é melhor em Hardware, mas o desenho do X5 é o que o define
A bateria do Aquaris X5 é um dos seus pontos fortes, com 2700 mAh consegui que durasse sem problemas 2 dias com uso moderado. É verdade que quando estive de férias durava 1 dia, com um uso mais intensivo pois porque estava sempre a partilhar internet por Tethering. Mesmo sendo fino e leve consegue uma boa otimização e duração da bateria.
Mas na potência vemos grandes falhas neste terminal da BQ. Antes de mais não tem NFC, algo que é ada vez mais pedido nos terminais de gama média, e além disso apresenta algumas quebras de performance. Esperemos que sejam resolvidas com as atualizações.
Câmara
Todos gostamos de guardar os melhores momentos, e os telemóveis já há muito que o permitem, quando a bateria deixa claro. Estes substituíram em grande medida as câmaras genéricas, e em alguns casos até as profissionais perdem algum sentido, seja pela sua qualidade, peso e conforto, os smartphones são seguramente de longe o equipamente mais usado para fotografar, isto de forma geral.
O Aquaris X5 conta com uma câmara traseira de 13mp, equipada com um sensor Sony IMX2014 (o mesmo sensor que a câmara do OnePlus One) e uma abertura de f/2.0.
Pelas especificações podemos esperar bons resultados, já que anteriormente o M5 tinha resultados positivos e agradáveis. Contudo, a câmara do X5 precisa de algumas melhoras ainda, principalmente na focagem.
Nos lugares com boa luminosidade é possível tirar uma boa foto, mas é preciso estar quieto, caso contrário, com o mínimo movimento, a imagem fica tremida.
A melhor forma de comparação, para mim, é comparando com a melhor câmara do mercado: a do iPhone 6S Plus. É por isso que nas seguintes imagens temos uma foto tirada com este Aquaris X5 e outra com o iPhone 6S Plus. Podem pensar que é uma comparação absurda, mas pode ser que tenham uma surpresa.
A câmara frontal com 5mp não está nada mal, e traz ainda flash frontal, perfeito para os selfies em contra luz ou em locais com pouca luminuzidade.
Mesmo assim, acho que o problema se encontra no firmware e não no hardware, se for, esperemos que a BQ melhore este aspeto com o tempo.
Android ou CyanogenOS
O Aquaris X5 pode ser adquirido com dois sistemas operativos. Tu escolhes. Se queres podes instalar outra rom ainda, caso queiras experimentar… mas será que vale a pena?
Primeiramente, a versão de Android conta com a versão 5.1.1 e está bem otimizada. É um terminal com Android Stock e com poucas personalizações.
No Cyanogen OS temos um sistema operativo baseado em Android, mas que permite uma modificação ao extremo, sendo este uma clara melhoria ao Android.
Ambos os sistemas funcionam muito bem, mas mesmo assim eu escolheria CyanogenOS. Porquê? Simples, porque é diferente, dá-te mais opções de segurança e personalização, conta com atualizações e uma crescente comunidade…e porque está algo na moda dizer “uso Cyanogen”, vê-se em muitos grupos/foruns de rooting de sistemas android, muita gente muda e aconselha-se a mudança para Cyanogen.
Vale a pena?
Se tens 230 euros e queres um telemóvel com um bom ecrã, um desenho único, uma boa bateria e ainda com um excelente serviço pós-venda (algo que também é importante, e a BQ tem provas dadas), o Aquaris X5 é para ti.
Se gostaste desta review ao Aquaris X5 ou tens alguma dúvida, não hesites em deixar-nos um comentário!
