Review MSI AMD RX480 Gaming X 8G

Performance
88
Consumo
80
Ruído
95
Preço
87
Review dos Leitores2 Votes
87
Boa performance em DX12
Baixas temperaturas
Preço competitivo
Fraca capacidade de OC
Consumo podia ser menor
88

Com os rumores de que a série RX500 da AMD será lançada nos próximos meses, aproveitamos este momento para fazer uma análise da RX480, uma excelente placa gráfica para DX12, que sem dúvida verá o seu preço ainda mais reduzido.

Tendo em conta que a série RX500 será, em boa parte e possivelmente, um rebrand das RX400, será uma boa altura para adquirirem esta placa, se estiverem a pensar mudar de placa gráfica e não quiserem gasta muito dinheiro.

RX480 1

Design da RX480 Gaming X 8G

Esta MSI RX480 Gaming X 8G, segue a linha das outras placas da MSI que pertencem a esta gama gaming, tal como a GTX1080, que analisámos recentemente, fazendo com que o design destas placas tenha sido “unificado”, fazendo uso do cooler Twin Frozr VI (TF VI).

O TF VI, é um cooler que, devido às suas cores, serve que nem uma luva em placas da AMD, devido à predominância do vermelho. Para realçar ainda mais este esquema de cores, vem equipado com diversos LEDs vermelhos que dão um excelente aspeto, se possuírem uma caixa com janela.

Além disso, vem com uma backplate de origem, com um dragão gravado, evitando que coloquem as mãos diretamente no PCB. Apenas tenham em atenção que as placas com este cooler, possuem dimensões maiores que o normal, neste caso de 276 x 140 x 42 mm e 978g, pelo que certifiquem-se de que a mesma cabe na vossa caixa.

Resumo das especificações

RX480 3

  • Nome do modelo: MSI RX480 Gaming X 8G
  • GPU:  Radeon™ RX 480
  • Interface: PCI Express x16 3.0
  • Nome do Core: Polaris 10 XT
  • Cores: 2304 Unidades
  • OC: 1316 MHz (OC Mode)
  • Memória do Relógio: ~8.000 MHz
  • Tamanho da memória: 8 GB GDDR5
  • Bus da memória: 256-bit
  • Output: 2x DisplayPort /2x HDMI / DL-DVI-D
  • Consumo energético: 150 W / 8 pin
  • Energia recomendada: 500 W
  • Tamanho: 276 x 140 x 42 mm
  • Peso: 978g

Ao olharmos para as especificações da RX480, vemos que existem alguns pontos a favor, como a memória de 8GB. Elevada quantidade de unidades de processamento, as duas entradas HDMI e, sem dúvida, o consumo relativamente baixo, se compararmos com outras placas da AMD.

Por outro lado, a velocidade do relógio em modo OC é bastante medíocre, pelo menos se compararmos com o que a NVIDIA conseguiu na concorrente direta da RX480, a GTX1060.

Twin Frozr VI

O Twin Frozr VI é um excelente cooler, que consegue eliminar aquele que sempre foi um estigma das placas AMD, a temperatura. Graças ao seu sistema de ventoinhas e rolamentos, que permitem um maior fluxo de ar, a temperatura nunca foi um problema durante todo o tempo que a usei, não tendo passado o valor máximo de 61ºC.

Isto também se deveu ao facto de o MSI Afterburner. Por alguma razão, o programa colocou a ventoinha a 50% no modo automático mesmo com o computador em Idle, pelo que as temperaturas mais reduzidas se devem a isso.

RX480 2

Perfomance em jogos

Apesar de ser muito bom não derreter a placa devido a altas temperaturas, quando compramos uma nova estamos a pensar é nos jogos que vamos finalmente poder jogar. Nesse quesito, a RX480 é uma boa placa, para o preço que pedem por ela, mas onde brilha mesmo é em DX12. Não é segredo nenhum que as placas da AMD têm batido as placas da NVIDIA em DX12, com a RX480 a aproximar-se praticamente da GTX1070, neste modo.

Por isso mesmo, apresentamos aqui alguns jogos em DX12, outros em DX11, para que possam ter a noção da performance que vão conseguir com esta placa.

Além da RX480 utilizámos um CPU Intel i7 [email protected] e 8GB de RAM DDR3@2133MHz.

Battlefield 1

O jogo da DICE é um dos nossos favoritos para testar placas gráficas. Além de possuir um motor de jogo bem optimizado, existem muitas opções gráficas por onde escolher, além dos elementos imprevisíveis de ter 64 jogadores num mapa de Conquest.

Para este teste colocámos as definições todas ao máximo em DX12 e fomos experimentar o mapa Giant’s Shadow no modo Conquest, com 64 jogadores em campo e veículos. O mapa possui um nevoeiro denso e sempre presente, que aumenta ainda mais a carga na placa gráfica.

Vendo o vídeo acima, a placa portou-se bastante bem, mantendo-se sempre acima das 60 FPS, apenas com alguns soluços na hora do respawn, excelente temperatura e consumo abaixo do máximo que registamos. Tendo em conta que a maioria dos jogadores opta por baixar algumas definições para poderem ser mais competitivos, podem esperar valores ainda melhores se reduzirem algumas coisas.

 


Crysis 3

Crysis 3 é um jogo obrigatório para testar qualquer placa gráfica. Especialmente o nível Welcome to the Jungle, que puxa pelo consumo das placas, devido à sua densa folhagem e efeitos presentes.

Olhando para o vídeo, é possível ver que a placa não se porta tão bem em DX11, apesar de ser jogável e as definições todas ao máximo e SMAA 2x. A parte interessante é ver que, mesmo com o pico de consumo a atingir aproximadamente os 150W, a placa não aquece acima dos 62ºC, algo verdadeiramente extraordinário em placas AMD, colocando-as ao nível das NVIDIA neste quesito. Lembro-me de utilizar a Sapphire 7970 Vapor-X e ver a temperatura a atingir os 75-80ºC neste nível.

 


Rise of the Tomb Raider

Outro título com DX12, Rise of the Tomb Raider já foi alvo de diversas atualizações de otimização para este modo, pelo que decidimos colocar tudo ao máximo e correr o Benchmark que vem incluído.

Pelo vídeo, a zona mais pesada é o Geothermal Valley, com uma média de 58 FPS. Durante o gameplay, é possível que consigam obter melhores resultados, tendo em conta que a média baixou devido a um ou outro soluço que ocorreu durante o benchmark. Além disso, o teste apresenta ângulos de câmara que colocam o máximo de objetos pesados no ecrã, ângulos estes que não conseguem ser reproduzidos durante o jogo, pelo que a placa aguenta com Rise of the Tomb Raider sem qualquer problema.

 


The Division

The Division apresenta um enorme número de efeitos que podem ligar, muitos dos quais pesam bastante na placa gráfica. Obviamente que os ligámos todos para ver como se sai. O resultado acaba por ser bastante positivo, com um framerate médio de 55 FPS, que pode ser facilmente aumentado se desligarem um ou outro efeito mais supérfluo.

Não é um jogo que ache que necessite obrigatoriamente de um framerate extremamente alto, visto que não é tão competitivo como, por exemplo, CS:GO, BF1 ou Overwatch, uma vez que o design do jogo e o “time to kill” não necessitam necessariamente do menor tempo de resposta possível, muito menos se jogarem PVE.

Outros jogos

Apesar de não termos conseguido gravar, ainda testámos outros jogos como Overwatch ou Hitman. Em Overwatch, com tudo ao absoluto máximo, o jogo bloqueou nas 70 FPS e não desceu nem subiu daí. Em Hitman, conseguimos 60 FPS fixos, mesmo durante secções com grande densidade de NPC.

Firestrike Ultra e Time Spy

Para finalizar, nada melhor que os belos testes do 3D Mark para fazer a placa suar a sério. Estes testes devolvem um valor que serve apenas para comparação e praticamente ninguém sabe o que significam, mas todos querem o máximo possível. Obviamente que a RX480 não se posiciona ao pé dos colossos, mas podemos retirar algumas coisas interessantes deste teste.

Firestrike

Para começar, no FireStrike Ultra que serve para ver o comportamento da placa em 4K, a placa nem passou os 65ºC a 100% da carga, algo que é fenomenal e demonstra o quão fresca se mantém em situações de maior stress. Mais, se compararmos com o resultado obtido com a GTX1080 da MSI, neste mesmo setup, 5251 vs 2958 mostra que a RX480 possui 56% da performance a placa da NVIDIA, por aproximadamente metade do preço. Aliás, a relação €/ponto é de aproximadamente 0.12€/ponto para a GTX1080 e 0.10€/ponto para a RX480, sensivelmente o mesmo.

Time Spy

No Time Spy, vemos que a diferença é ainda menor, visto que o teste se foca nas capacidades de DX12 da placa, obtendo a RX480 4064 pontos vs 6551 da GTX1080, o que a coloca claramente à frente da GTX1060 e mais próxima da GTX1070, ao contrário do que se verifica em DX11, que a coloca ligeiramente abaixo da GTX1060.

Overclock e Ruído

A RX480 não é uma placa para fazer overclock. Mesmo com o excelente cooler, a sua capacidade é muito mais limitada que aquilo que se verifica na NVIDIA.

Experimentámos aumentar a frequência do relógio em 100MHz e mal entramos num nível de Battlefield 1, o jogo foi abaixo imediatamente devido a crash das drivers, algo que acontece quando a placa se torna instável. Se compararmos com a GTX1080 que faz uso do mesmo cooler, conseguimos aumentar em 150MHz sem ser, sequer, necessário alterar o valor da voltagem no Afterburner.

Em termos de ruído, como referi, o Afterburner colocou as ventoinhas a 40-50% em modo automático, mal abria o programa, o que tornava a placa relativamente audível. Ainda assim, tal como na GTX1080, o Twin Frozr VI possui um sistema de rolamentos que além de melhorar o fluxo de ar, faz com que o som das pás a cortar o ar seja mais suave, pelo que após aquele choque devido a ouvir a placa a arrancar, imediatamente nos habituamos ao som.

Conclusões

A RX480 é uma boa placa. Possui diversas vantagens face às NVIDIA, como a performance em DX12, FreeSync e preço mais reduzido. Além disso, a AMD melhorou bastante a construção da placa no que toca a temperaturas e consumos, destruindo finalmente um dos argumentos que muitos consumidores tinham contra as placas da marca vermelha.

Esperemos que com o lançamento das RX500, apesar de serem baseadas numa revisão dos atuais chips Polaris, estas venham ainda mais frescas, menor consumo e, de preferência, com melhor capacidade de overclock, algo que a RX480 deixou claramente a desejar.

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Performance
Consumo
Ruído
Preço
Final Score